O homem suspeito de ter assassinado a ex-companheira no início deste mês, em São Gabriel, foi encaminhado ao presídio no final da manhã desta quinta-feira. Anderson Carlos Cassal dos Santos, 36 anos, estava internado sob custódia, no Hospital Santa Casa de São Gabriel, desde o dia 1º de dezembro. O hospital confirmou que ele deu alta por volta do meio-dia. A Justiça já havia decretado a prisão dele.
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De acordo com o delegado José Soares Bastos, o Santos foi preso preventivamente e vai responder pela morte da ex-companheira, Edna Monteiro Cabreira, 41 anos (foto ao lado). As investigações apontam que o crime aconteceu durante uma briga dentro da casa, que fica no Bairro Santa Isabel. Vizinhos acionaram a polícia depois de ouvirem gritos vindos da residência. Quando a Brigada Militar chegou ao local, encontrou os três envolvidos caídos, com ferimentos de faca.
Edna chegou a ser encaminhada para atendimento médico, junto ao ex-companheiro e o atual namorado, que tem 47 anos. A mulher, que foi atingida por um golpe de faca na perna, não resistiu e morreu no mesmo dia. O namorado dela também deu alta do hospital, ainda na tarde de quarta-feira.
Em depoimento à Polícia Civil, na semana passada, os dois homens negaram a autoria do crime e deram versões diferentes para o que teria acontecido.
- Um deles alega que era comum ir até a casa da vítima e que, naquele dia, chegou no local para visitar a ex-companheira quando a discussão teve início. Já o outro afirma que estava dormindo e acordou com um barulho na parte externa da casa. Quando ele levantou para ver, disse ter encontrado o outro homem dentro do pátio, momento em que aconteceu a briga. Apesar disso, eles negam terem agredido a vítima - comentou o delegado, na ocasião.
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Logo após deixar o hospital, Santos foi recolhido ao Presídio Estadual de São Gabriel. A polícia ainda aguarda o resultado dos laudos da necropsia para poder concluir o inquérito.
Conforme a BM, Edna contava com uma medida protetiva contra o ex-companheiro e já havia informado à polícia que sofria ameaças e agressões físicas.
Edna tem dois filhos, de 20 e 5 anos. Conforme uma sobrinha, que preferiu não ser identificada, a mulher trabalhava como cozinheira no restaurante de um posto de combustíveis da cidade.
- Ela era muito trabalhadora, querida com todos. Era uma mãe coruja com os filhos. Sempre dando o melhor dela para eles - conta a sobrinha.
O corpo de Edna foi velado na Capela São José e o enterro ocorreu às 21h de sábado, no Cemitério da Santa Casa de Caridade.